segunda-feira, 21 de junho de 2021

Minha segunda viagem e segunda lição

Nas férias de julho de 1997, animada pela recente viagem à Disney, participei de uma excursão para as Serras Gaúchas. A agência que organizou a excursão fazia passeios para professores e gestores das escolas da cidade onde eu morava. Apesar de eu trabalhar em escola municipal, eu era nova no cargo e não conhecia ninguém. O desejo de visitar essa região do Rio Grande do Sul sempre foi grande, pois eu adorava frio e achava lindas as imagens que eu via na TV e em revistas.

Meus pais demonstraram muita preocupação com o fato da viagem ser de ônibus, devido aos perigos constantes na estrada BR-116, comumente chamada de Estrada da Morte. Eu lembro de sair de casa chateada porque meus pais ficaram muito apreensivos por eu ir sozinha e viajar a noite inteira. Para piorar a situação, chovia. Embora eu estivesse  triste por ter deixado meus pais tão preocupados, dormi grande parte da viagem. Ao chegarmos em Gramado, o sol da manhã brilhava. Prenúncio de lindos dias pela frente.

Por estar só, dividi o quarto com outras 2 mulheres que também viajavam sozinhas. Fiquei surpresa em saber que eu não era a única. Foi aí que percebi que viajar sozinha era mais comum do que eu imaginava.
Agora é que vem a minha segunda lição aprendida: procurar não dividir quarto com quem você não conhece, nem que para isso tenha de pagar um valor extra - lógico, se você tiver condições de fazê-lo.
Cito isso porque uma das colegas de quarto fumava. E muito! Com o frio do sul, a janela não podia ser aberta e houve alguns momentos de estresse por causa disso. Quando ela queria fumar dentro do quarto, nós reclamávamos. Então, ela ia, resmungando, para a varanda ou para o lobby do hotel. Ainda bem que, atualmente, as leis não permitem mais fumar dentro dos quartos de hotel!

Fora isso, a excursão foi só de alegrias. Passamos 8 dias passeando pelas cidades de Gramado, Canela, Bento Gonçalves, Nova Petrópolis e Caxias do Sul. Fizemos refeições típicas em autêntica churrascaria gaúcha, restaurante de fondue e casa de café colonial. Passeamos na Maria Fumaça, visitamos museus e nos esbaldamos nas lojas de chocolate e nas vinícolas. No retorno, almoçamos e fizemos um tour em Curitiba.  
Com essa experiência, fui definitivamente cativada pelo prazer de viajar.

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